Liber Samekh
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Liber Samekh
Theurgia Goetia Summa
(Congressus Cum Dæmone)
sub figurâ DCCC
Publicação Oficial da A∴A∴ em Classe D para o Grau de Adeptus Minor.
Sendo o Ritual empregado pela Besta 666 para a Consecução do Conhecimento e Conversação de seu Santo Anjo Guardião durante o Semestre de Sua realização da Operação da Magia Sagrada de Abramelin o Mago.
(Preparado em An XVII ☉ em ♍ na Abadia de Thelema em Cephalædium pela Besta 666 à serviço de Frater Progradior)
Ponto I
Evangelii Textus Redactus
A Invocação
Magicamente restaurada, com o significado dos
Nomes Bárbaros
Etimologicamente ou Cabalisticamente
determinados e parafraseados em português.
Seção A.
O Juramento.
1. A Ti eu invoco, o Não Nascido.
2. A Ti, que criaste a Terra e os Céus.
3. A Ti, que criaste a Noite e o Dia.
4. A Ti, que criaste a escuridão e a Luz.
5. Tu és ASAR UN-NEFER (“Eu mesmo tornado Perfeito”):
A quem nenhum homem viu a qualquer momento.
6. Tu és IA-BESZ (“a Verdade na Matéria”).
7. Tu és IA-APOPHRASZ (“a Verdade no Movimento”).
8. Tu distinguiste entre o Justo e o Injusto.
9. Tu fizeste a Fêmea e o Macho.
10. Tu produziste as Sementes e os Frutos.
11. Tu formaste Homens para amarem uns aos outros, e odiarem uns aos outros.
Seção Aa.
1. Eu sou ANKH-F-N-KHONSU teu Profeta, a Quem Tu confiaste Teus Mistérios, as Cerimônias de KHEM.
2. Tu produziste o úmido e o seco, e aquilo que nutre toda a Vida criada.
3. Ouvi-me, pois eu sou o Anjo de PTAH-APO-PHRASZ-RA (vide a Rubrica): este é Teu Verdadeiro Nome, transmitido aos Profetas de KHEM.
Seção B.
Ar
Ouvi-Me: –
AR | “Ó Sol que respira, que flui!” |
ThIAF[1] | “Ó Sol IAF! Ó Sol Leão-Serpente, A Besta que rodopia adiante, um raio, procriador da Vida!” |
RhEIBET | “Tu que fluis! Tu que vais!” |
A-ThELE-BER-SET | “Tu Hadith Satã-Sol que vais sem Vontade!” |
A | “Tu Ar! Respiração! Espírito! Tu sem limite ou laço!” |
BELAThA | “Tu Essência, Ar que Vaporiza rápido, Elasticidade!” |
ABEU | “Tu Andarilho, Pai de Tudo!” |
EBEU | “Tu Andarilho, Espírito de Tudo!” |
PhI-ThETA-SOE | “Tu Força Brilhante da Respiração! Tu Sol Leão-Serpente! Tu Salvador, salve!” |
IB | “Tu Íbis, solitário Pássaro secreto, Sabedoria inviolada, cuja Palavra é a Verdade, criando o Mundo por sua Magick!” |
ThIAF | “Ó Sol IAF! Ó Sol Leão-Serpente, A Besta que rodopia adiante, um raio, procriador da Vida!” |
(A concepção é do Ar, brilhante, habitado por uma Ave Solar-Fálica, “o Espírito Santo”, de uma Natureza Mercurial.)
Ouvi-me e tornai todos os Espíritos sujeitos a Mim; de modo que todo Espírito do Firmamento e do Éter: sobre a Terra e debaixo da Terra, na terra seca e na água; do Ar Rodopiante e do Fogo Impetuoso, e todo Feitiço e Flagelo de Deus possam ser obedientes a Mim.
Seção C.
Fogo.
Eu Te invoco, o Deus Terrível e Invisível: Que habita no Lugar Vazio do Espírito: –
AR-O-GO-GO-RU-ABRAO | “Tu Sol espiritual! Satã, Tu Olho, Tu Luxúria! Bradai em voz alta! Bradai em voz alta! Gire a Roda, Ó meu pai, ó Satã, ó Sol!” |
SOTOU | “Tu, o Salvador!” |
MUDORIO | “Silêncio! Dá-me o Teu Segredo!” |
PhALARThAO | “Me dê sucção, Tu Falo, Tu Sol!” |
OOO | “Satã, Tu Olho, Tu Luxúria!” “Satã, Tu Olho, Tu Luxúria!” “Satã, Tu Olho, Tu Luxúria!” |
AEPE | “Tu auto causado, autodeterminado, exaltado, Altíssimo!” |
O Não Nascido. (Vide supra).
(A concepção é do Fogo, brilhante, habitado por um Leão Solar-Fálico de natureza Uraniana.)
Ouvi-me e tornai todos os Espíritos sujeitos a Mim; de modo que todo Espírito do Firmamento e do Éter: sobre a Terra e debaixo da Terra, na terra seca e na água; do Ar Rodopiante e do Fogo Impetuoso, e todo Feitiço e Flagelo de Deus possam ser obedientes a Mim.
Seção D.
Água.
Ouvi-me: –
RU-ABRA-IAF[2] | “Tu a Roda, tu o Ventre, que contém o Pai IAF!” |
MRIODOM | “Tu o Mar, a Morada!” |
BABALON-BAL-BIN-ABAFT | “Babalon! Tu Mulher da Prostituição!” “Tu, Portão do Grande Deus ON! Tu Senhora da Compreensão dos Caminhos!” |
ASAL-ON-AI | “Salve Tu, o não agitado! Salve, irmã e noiva de ON, do Deus que é tudo e é nenhum, pelo Poder dos Onze!” |
APhEN-IAF | “Tu Tesouro de IAO!” |
I | “Tu Virgem de duplo sexo! Tu Semente Secreta! Tu Sabedoria inviolável!” |
PhOTETh | “Morada da Luz …………….. |
ABRASAX | “…… do Pai, o Sol, de Hadith, do feitiço do Êon de Hórus!” |
AEOOU | “Nossa Senhora do Portão Ocidental do Céu!” |
ISChURE | “Poderoso és Tu!” |
Poderoso e Não Nascido! (Vide Supra)
(A concepção é da Água, brilhante, habitada por um Dragão-Serpente Solar-Fálico, de natureza Netuniana.)
Ouvi-me e tornai todos os Espíritos sujeitos a Mim; de modo que todo Espírito do Firmamento e do Éter: sobre a Terra e debaixo da Terra, na terra seca e na água; do Ar Rodopiante e do Fogo Impetuoso, e todo Feitiço e Flagelo de Deus possam ser obedientes a Mim.
Seção E.
Terra.
Eu Te invoco: –
MA | “Ó Mãe! Ó Verdade!” |
BARRAIO | “Tu Massa[3]!” |
IOEL | “Salve, Tu que és!” |
KOThA | “Tu oco!” |
AThOR-e-BAL-O | “Tu, Deusa da Beleza e do Amor, a quem Satã, contemplando, deseja!” |
ABRAFT | “Os Pais, macho-fêmea, desejam-Te!” |
(A concepção é da Terra, brilhante, habitada por um Hipopótamo[4] Solar-Fálico de natureza Venusiana.)
Ouvi-Me: e tornai todos os Espíritos sujeitos a Mim; de modo que todo Espírito do Firmamento e do Éter: sobre a Terra e debaixo da Terra, na terra seca e na água; do Ar Rodopiante e do Fogo Impetuoso, e todo Feitiço e Flagelo de Deus possam ser obedientes a Mim.
Seção F.
Espírito.
Ouvi-Me: –
AFT | “Espíritos Macho-Fêmea!” |
ABAFT | “Ancestrais Macho-Fêmea!” |
BAS-AUMGN | “Vós que sois Deuses, indo em frente, pronunciando AUMGN. (A Palavra que sai de (A) Respiração Livre. (U) através de Respiração Desejada. (M) e Respiração interrompida. (GN) para Respiração Contínua. simbolizando assim todo o curso da vida espiritual. A é o Herói sem forma; U é o som solar sêxtuplo da vida física, o triângulo da Alma sendo entrelaçado com o do Corpo; M é o silêncio da “morte”; GN é o som nasal de geração & do conhecimento.) |
ISAK | “Ponto idêntico!” |
SA-BA-FT | “Nuith! Hadith! Ra-Hoor-Khuit!” “Salve, Grande Besta Selvagem!” “Salve, I A O!” |
Seção Ff.
1. Este é o Senhor dos Deuses:
2. Este é o Senhor do Universo:
3. Este é Aquele a quem os Ventos temem.
4. Este é Aquele que, tendo feito a Voz por Seu mandamento, é o Senhor de todas as Coisas; Rei, Governante e Amparador. Ouvi-Me e tornai todos os Espíritos sujeitos a Mim; de modo que todo Espírito do Firmamento e do Éter: sobre a Terra e debaixo da Terra, na terra seca e na água; do Ar Rodopiante e do Fogo Impetuoso, e todo Feitiço e Flagelo de Deus possam ser obedientes a Mim.
Seção G.
Espírito.
Ouvi-Me: –
IEOU | “Sol que habita em Mim Mesmo” |
PUR | “Tu Fogo! Tu iniciador da Estrela Sêxtupla cercado de Força e Fogo!” |
IOU | “Alma que habita em Mim Mesmo” |
PUR | (Vide Supra) |
IAFTh | “Sol-leão Serpente, salve! Todos Salvem, tu Grande Besta Selvagem, tu I A O!” |
IAEO | “Respirações de minha Alma, respirações de meu Anjo.” |
IOOU | “Luxúria de minha alma, luxúria de meu Anjo!” |
ABRASAX | (Vide Supra). |
SABRIAM | “Ô para o Sangraal! Ô para a Taça de Babalon! Ô para meu Anjo derramando-Se em minha Alma!” |
OO | “O Olho! Satã, meu Senhor! A Luxúria do bode!” |
FF | “Meu Anjo! Meu iniciador! Tu um comigo – a Estrela Sêxtupla!” |
AD-ON-A-I[5] | “Meu Senhor! Meu self secreto além do self, Hadith, Pai de Tudo! Salve, ON, tu Sol, tu Vida do Homem, tu Espada Quíntupla da Chama! Tu Bode exaltado na Terra em Luxúria, tu Cobra esticada sobre a Terra em Vida! Espírito santíssimo! Semente mais Sábia! Bebê Inocente. Donzela Inviolada! Procriador do Ser! Alma de todas as Almas! Palavra de todas as Palavras, Vem, Luz mais oculta!” |
EDE | “Devora-me!” |
EDU | “Tu me devoras!” |
ANGELOS TON ThEON | “Tu Anjo dos Deuses!” |
ANLALA | “Erga-te em Mim, fluindo livremente, Tu que és Nada, que és Nada, e profira tua Palavra!” |
LAI | “Eu também sou Nada! Eu Te Quero! Eu Te contemplo! Meu nada!” |
GAIA | “Salte, tu Terra!” (Esse também é um apelo agonizante à Terra, a Mãe; pois neste ponto da cerimônia o Adepto deve ser arrancado de seus apegos mortais, e morrer para si mesmo no orgasmo de sua operação[6].) |
AEPE | “Tu o Exaltado! Ele (isto é, o ‘sêmen’ espiritual, as ideias secretas do Adepto, atraídas irresistivelmente de seu ‘Inferno’[7] pelo amor de seu Anjo) salta para cima; ele salta para frente[8]!” |
DIATHARNA THORON | “Eis! o respingo das sementes da Imortalidade” |
Seção Gg.
A Consecução.
1. Eu sou Ele! o Espírito Não Nascido! tendo visão nos pés: Forte, e o Fogo Imortal!
2. Eu sou Ele! a Verdade!
3. Eu sou Ele! Que odeia que o mal deva ser feito no Mundo!
4. Eu sou Ele, que relampeia e troveja!
5. Eu sou Ele, de quem provém em Abundância a Vida da Terra!
6. Eu sou Ele, cuja boca sempre flameja!
7. Eu sou Ele, o Criador e Manifestador à Luz!
8. Eu sou Ele, a Graça dos Mundos!
9. “O Coração Cingido com uma Serpente” é meu nome!
Seção H.
O “Comando ao Espírito”.
Vinde, e me segui: e tornai todos os Espíritos sujeitos a Mim; de modo que todo Espírito do Firmamento e do Éter: sobre a Terra e debaixo da Terra, na terra seca e na água; do Ar Rodopiante e do Fogo Impetuoso, e todo Feitiço e Flagelo de Deus possam ser obedientes a mim!
Seção J.
A Proclamação da Besta 666.
IAF : SABAF[9]
Tais são as Palavras!
Ponto II
Ars Congressus Cum Dæmone.
Seção A
Que o Adeptus Minor esteja de pé neste círculo no quadrado de Tiphereth, armado com sua Varinha e sua Taça; mas que ele execute todo o Ritual em seu Corpo de Luz. Ele pode queimar os Bolos de Luz, ou o Incenso de Abramelin; ele pode ser preparado pelo Liber CLXXV, pela leitura do Liber LXV e pelas práticas do Yoga. Ele pode invocar Hadit por “vinho e drogas estranhas” se assim o desejar[10]. Ele prepara o círculo pelas fórmulas habituais de Banimento e Consagração, etc.
Ele recita a Seção A como uma encenação diante de Seu Santo Anjo Guardião dos atributos daquele Anjo. Cada frase deve ser percebida com plena concentração de força, de modo a tornar o Samādhi o mais perfeitamente possível sobre a verdade proclamada.
Linha 1
Ele identifica seu Anjo com o Ain Soph, e o Kether deste; uma formulação de Hadit no Corpo sem limites de Nuith.
Linhas 2, 3, 4
Ele afirma que Seu Anjo criou (com o propósito de autorrealização através da projeção na Forma condicionada) três pares de opostos: (a) O Fixo e o Volátil; (b) O Não Manifestado e o Manifestado; e (c) o Imóvel e o Móvel. Doutra forma, o Negativo e o Positivo em relação à Matéria, Mente e Movimento.
Linha 5
Ele aclama seu Anjo como “Ele Mesmo Tornado Perfeito”; acrescentando que esta Individualidade é inescrutável e inviolável. No Ritual Neófito da G∴D∴ (Conforme está impresso no Equinox I, II, para o velho êon) o Hierofante é Osíris tornado perfeito, que leva o candidato, o Osíris natural, à identidade consigo mesmo. Mas no novo Êon o Hierofante é Hórus (Liber CCXX, I, 49), portanto o Candidato também será Hórus. Então qual é a fórmula da iniciação de Hórus? Não será mais aquela do Homem, através da Morte. Será o crescimento natural da Criança. Suas experiências não serão mais consideradas catastróficas. Seu hieróglifo é o Louco: o inocente e impotente Bebê Harpócrates se torna o Hórus Adulto ao obter a Varinha. “Der reine Thor” captura a Lança Sagrada. Baco se torna Pã. O Santo Anjo Guardião é o Self Inconsciente da Criatura – o Falo Espiritual. Seu Conhecimento e Conversação contribuem para a puberdade oculta. Portanto, é aconselhável substituir o nome de Asar-Un-nefer pelo de Ra-Hoor-Khuit no início, e depois pelo do seu próprio Santo Anjo Guardião quando este tiver sido comunicado.
Linha 6
Ele O saúda como BESZ, a Matéria que destrói e devora a Divindade, com o propósito da Encarnação de qualquer Deus.
Linha 7
Ele O saúda como APOPHRASZ, o Movimento que destrói e devora a Divindade, com o propósito da Encarnação de qualquer Deus. A ação combinada desses dois DEMÔNIOS serve para permitir que o Deus a quem eles rapinam entre no gozo da existência através do Sacramento da “Vida” (Pão – a carne de BESZ) e “Amor” (Vinho – o sangue ou veneno de APOPHRASZ) divididos.
Linha 8
Ele aclama Seu Anjo como tendo “comido do Fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal”; doutra forma, tendo se tornado sábio (na Díade, Chokmah) para apreender a fórmula do Equilíbrio que agora é a Sua própria, sendo capaz de dedicar-Se com precisão ao Seu ambiente autodesignado.
Linha 9
Ele aclama Seu Anjo como tendo estabelecido a Lei do Amor como a fórmula Mágica do Universo, para que Ele possa resolver o fenomenal novamente em sua fase numêna, unindo quaisquer dois opostos em paixão extática.
Linha 10
Ele aclama Seu Anjo como tendo designado que esta fórmula de Amor deve efetuar não apenas a dissolução da separatividade dos Amantes em Sua própria Divindade impessoal, mas a sua coordenação em uma “Criança” quintessencializada de seus pais para constituir uma ordem de Ser superior à deles, de modo que cada geração é um progresso alquímico em direção à perfeição na direção de sucessivas complexidades. Tal como a Linha 9 afirma Involução, a Linha 10 afirma Evolução.
Linha 11
Ele aclama Seu Anjo como tendo concebido este método de autorrealização; o objetivo da Encarnação é obter suas reações às suas relações com outros Seres encarnados e observar as deles uns com os outros.
Seção Aa.
Linha 1
O Adepto afirma seu direito de entrar em comunicação consciente com Seu Anjo, com base no fato de que o Próprio Anjo lhe ensinou a Magia Secreta através da qual ele pode estabelecer o elo apropriado. “Mosheh” é M H, a formação em Jechidah, Chiah, Neshamah, Ruach, – As Sephiroth de Kether a Yesod – já que 45 é Σ1-9 enquanto Sh, 300, é Σ1-24, o qual sobre adiciona a estes Nove Quinze números extra. (Consulte em Liber D, os significados e correspondências de 9, 15, 24, 45, 300, 345.)
45 é, além disso, A D M, homem. Assim “Mosheh” é o nome do homem como uma Forma que oculta Deus. Mas no Ritual que o Adepto substitua este “Mosheh” pelo seu próprio mote como Adeptus Minor. Para “Ishrael” que ele prefira sua própria Raça Mágica, de acordo com as obrigações de seus Juramentos à Nossa Santa Ordem! (A Própria Besta 666 usou “Ankh-f-n-khonsu” e “Khem” nesta seção.)
Linha 2
O Adepto lembra seu Anjo que Ele criou Aquela Substância da qual Hermes escreveu na Tábua de Esmeralda, cuja virtude é unir em si todos os modos opostos do Ser, para assim servir como um Talismã carregado com a Energia Espiritual da Existência, um Elixir ou Pedra composto da base física da Vida. Esta Comemoração é colocada entre os dois apelos pessoais ao Anjo, como que para reivindicar o privilégio de comungar desta Eucaristia que cria, sustenta e redime todas as coisas.
Linha 3
Ele agora afirma que ele mesmo é o “Anjo” ou mensageiro de seu Anjo; isto é, que ele é uma mente e um corpo cuja função é receber e transmitir a Palavra de seu Anjo. Ele saúda seu Anjo não apenas como “un-nefer” a Perfeição do próprio “Asar” como um homem, mas como Ptah-Apophrasz-Ra, a identidade (Hadit) envolvida no Dragão (Nuit) e assim manifestada como um Sol (Ra-Hoor-Khuit). O “Ovo” (ou Coração) “cingido com uma Serpente” é um símbolo cognato; a ideia é assim expressa mais tarde no ritual. (Consulte Liber LXV, que expande isso ao máximo).
Seção B
Agora nas seções que seguem, de B a Gg, o Adepto passa da contemplação à ação. Ele deve viajar astralmente ao redor do círculo, fazendo os pentagramas, sigilos e sinais adequados. Sua direção é anti-horária. Assim ele faz três curvas, cada uma cobrindo três quartos do círculo. Ele deveria dar o sinal do Entrante ao passar pela Kiblah, ou Direção de Boleskine. Isso pega a força naturalmente irradiando daquele ponto[11] e a projeta na direção do caminho do Magista. Os sigilos são aqueles dados no Equinox Vol. I, nº 7, Figura X fora do quadrado; os sinais mostrados no Vol. I, No. 2, Figura “Os Sinais dos Graus”. Nestas invocações ele deve expandir seu perímetro e sua estatura ao máximo[12], assumindo a forma e a consciência do Deus Elemental do quadrante. Depois disso, ele começa a vibrar os “Nomes Bárbaros” do Ritual.
Agora, que ele não só preencha todo o seu ser ao máximo com a força dos Nomes; mas que ele também formule sua Vontade, entendida completamente como o aspecto dinâmico de seu Self Criativo, em uma aparência simbolicamente adequada, eu não digo na forma de um Raio de Luz, ou de uma Espada de Fogo, nem de nada a não ser o Veículo corpóreo do Espírito Santo que é sagrado para BAPHOMET, por sua virtude que oculta o Leão e a Serpente para que Sua Imagem possa aparecer adoravelmente sobre a Terra para sempre.
Então que o Adepto estenda sua Vontade para além do Círculo nesta Forma imaginada e que ele a irradie com a Luz apropriada para o elemento invocado, e que cada Palavra emita ao longo do Feixe com impulso apaixonado, como se sua voz comandasse que ela se impulsionasse pulando para a frente. Também que cada Palavra acumule autoridade, de modo que a Ponta do Feixe possa mergulhar duas vezes mais distante com a Segunda Palavra do que foi com a Primeira, e Quatro Vezes para a Terceira comparada à Segunda, e assim até o fim. Além disso, que o Adepto lance toda a sua consciência para lá. Então, na Palavra final, que ele traga sua Vontade com ímpeto de volta para dentro de si, fluindo continuamente, e que ele se ofereça a seu ponto, como Ártemis a Pã, para que essa concentração perfeitamente pura do Elemento o purifique completamente, e o possua com sua paixão.
Neste Sacramento sendo totalmente um com esse Elemento, que o Adepto expresse o Comando “Ouvi-me, e faça”, etc. com forte senso de que esta unidade com aquele quadrante do Universo lhe confere a mais completa liberdade e privilégio inerente a ele.
Que o Adepto observe as palavras do Comando. O “Firmamento” é o Ruach, o “plano mental”; é o reino de Shu, ou Zeus, onde gira a Roda dos Guṇas, as Três formas[13] do Ser. O Æthyr é o “akasha”, o “Espírito”, o Éter da física, que é a estrutura sobre a qual todas as formas são fundadas; ele recebe, registra e transmite todos os impulsos sem sofrer mutação por meio disso. A “Terra” é a esfera na qual a operação dessas forças “fundamentais” e etéricas aparece à percepção. “Debaixo da Terra” é o mundo desses fenômenos que dão forma a essas projeções percebidas e determinam seu caráter particular. “Terra seca” é o lugar de “coisas materiais” mortas, secas (ou seja, incognoscíveis) porque são incapazes de agir em nossas mentes. “Água” é o veículo pelo qual sentimos tais coisas; “ar” seu mênstruo, onde esses sentimentos são mentalmente apreendidos. Ele é chamado de “rodopiante” por causa da instabilidade do pensamento, e da fatuidade da razão, dos quais ainda dependemos para o que chamamos de “vida”. “Fogo Impetuoso” é o mundo em que o pensamento errante queima em veloz Vontade. Esses quatro estágios explicam como o Não-Ego é transmutado no Ego. Um “Feitiço” de Deus é qualquer forma de consciência, e um “Flagelo” qualquer forma de ação.
O Comando, como um todo, exige do Adepto o controle de cada detalhe do Universo que Seu Anjo criou como um meio de manifestar a Si para Si. Abrange o comando da projeção primária do Possível na individualidade, no artifício antitético que é o dispositivo da Mente, e numa triplicidade equilibrada de modos ou estados de ser cujas combinações constituem as características do Cosmos. Inclui também um padrão de estrutura, uma rigidez para tornar a referência possível. Sobre esses fundamentos de condição que não são coisas em si, mas o cânone ao qual as coisas se conformam, é construído o Templo do Ser, cujos materiais são eles mesmos perfeitamente misteriosos, inescrutáveis como a Alma, e como a Alma imaginando a si mesmos por símbolos que podemos sentir, perceber e adaptar ao nosso uso sem nunca sabermos toda a Verdade sobre eles. O Adepto resume todos esses itens reivindicando autoridade sobre toda forma de expressão possível à Existência, seja um “feitiço” (ideia) ou um “flagelo” (ato) de “Deus”, isto é, de si mesmo. O Adepto deve aceitar todo “espírito”, todo “feitiço”, todo “flagelo", como parte de seu ambiente, e torná-los todos “sujeitos” a ele mesmo; ou seja, considerá-los como causas contributivas de si mesmo. Eles fizeram dele o que ele é. Eles correspondem exatamente às suas próprias faculdades. Eles são todos – em última análise – de igual importância. O fato de ele ser o que é prova que cada item está equilibrado. O impacto de cada nova impressão afeta todo o sistema na devida medida. Ele deve, portanto, perceber que todo evento está sujeito a ele. Isso ocorre porque ele precisava disso. O ferro enferruja porque as moléculas exigem oxigênio para a satisfação de suas tendências. Elas não anseiam por hidrogênio; portanto, a combinação com esse gás é um evento que não acontece. Todas as experiências contribuem para nos tornar completos em nós mesmos. Sentimo-nos sujeitos a elas desde que deixemos de reconhecer isso; quando o fazemos, percebemos que elas estão sujeitas a nós. E sempre que nos esforçamos para fugir de uma experiência, seja ela qual for, nós, portanto, fazemos mal a nós mesmos. Nós frustramos nossas próprias tendências. Viver é mudar; e opor-se à mudança é revoltar-se contra a lei que promulgamos para governar nossas vidas. Ressentir o destino é, portanto, abdicar de nossa soberania e invocar a morte. De fato, nós decretamos a sentença da morte para cada violação da lei da vida. E todo fracasso em incorporar qualquer impressão deixa faminta aquela faculdade particular que precisava dela.
Esta Seção B invoca o Ar no Leste, com um raio dourado de glória.
Seção C.
Agora o adepto invoca o Fogo no Sul; de chama vermelha são os raios que explodem de seu Verendum.
Seção D.
Ele invoca a Água no Oeste, sua Varinha emitindo brilho azul.
Seção E.
Ele vai ao Norte para invocar a Terra; flores de chama verde brotam de sua arma. Conforme a prática torna o Adepto perfeito nesta Obra, torna-se automático anexar todas essas ideias e intenções complicadas às suas palavras e atos correlatos. Quando isso é alcançado, ele pode aprofundar-se na fórmula amplificando suas correspondências. Assim, ele pode invocar a água à maneira da água, estendendo sua vontade com movimento majestoso e irresistível, consciente de sua gravidade impulsiva, mas com uma aparência suave e tranquila de fraqueza. Mais uma vez, ele pode aplicar a fórmula da água ao seu propósito peculiar à medida que ela surge de novo em sua esfera, usando-a com habilidade consciente para a limpeza e acalmamento dos elementos receptivos e emocionais de seu caráter, e para a solução ou varredura daquelas ervas daninhas emaranhadas de preconceitos que impedem sua liberdade de agir como ele quiser. Aplicações semelhantes das invocações restantes ocorrerão ao Adepto que estiver pronto para usá-las.
Seção F.
O Adepto agora retorna ao quadrado de Tiphereth de seu Tau, e invoca o espírito, voltado para Boleskine, pelos Pentagramas ativos, o sigilo chamado de a Marca da Besta e os Sinais de L.V.X. (Veja a figura como antes). Então ele vibra os Nomes, estendendo sua vontade da mesma maneira que antes, mas verticalmente para cima. Ao mesmo tempo, ele expande a Fonte daquela Vontade – o símbolo secreto do Self – tanto acima dele quanto abaixo dele, como se para afirmar aquele Self, dupla como é sua forma, relutante em concordar com sua falha em coincidir com a Esfera de Nuith. Agora que ele imagine, na última Palavra, que a Cabeça de sua vontade, onde sua consciência está fixada, abre sua fenda (o Brahmarandhra-Cakra, na junção das suturas cranianas) e emana uma gota de orvalho cristalino claro, e que esta pérola é a sua Alma, uma oferenda virgem para seu Anjo, expelida do seu ser pela intensidade desta Aspiração.
Seção Ff.
Com estas palavras o Adepto não recolhe sua vontade dentro dele como nas Seções anteriores. Ele pensa nelas como um reflexo da Verdade sobre a superfície do orvalho, onde sua Alma se esconde tremendo. Ele as considera como a primeira formulação em sua consciência da natureza de Seu Santo Anjo Guardião.
Linha 1
Os “Deuses” incluem todos os elementos conscientes de sua natureza.
Linha 2
O “Universo” inclui todos os fenômenos possíveis dos quais ele pode estar consciente.
Linha 3
Os “Ventos” são seus pensamentos, que o impediram de alcançar seu Anjo.
Linha 4
Seu Anjo fez a “Voz”, a arma mágica que produz “Palavras”, e estas palavras têm sido a sabedoria pela qual Ele criou todas as coisas. A “Voz” é necessária como o elo entre o Adepto e seu Anjo. O Anjo é o “Rei”, Aquele que “pode”, a “fonte da autoridade e a fonte da honra”; também o Rei (ou Filho do Rei) que entrega a Princesa Encantada, e faz dela sua Rainha. Ele é “Governante”, a “Vontade inconsciente”; para não mais ser frustrado pela falsa vontade ignorante e caprichosa do homem consciente. E Ele é o “Amparador”, o autor do impulso infalível que envia a Alma ao longo dos céus em seu caminho apropriado com tal ímpeto que a atração de órbitas estranhas não é mais suficiente para desviá-la. Agora a cláusula “Ouvi-me” é pronunciada pela consciência humana normal, recolhida ao corpo físico; o Adepto deve deliberadamente abandonar sua consecução, porque ainda não é todo o seu ser que queima diante do Amado.
Seção G.
O Adepto, embora retirado, terá mantido a Extensão de seu Símbolo. Agora ele repete os sinais como antes, exceto que ele faz o Pentagrama Passivo de Invocação do Espírito. Ele concentra sua consciência dentro de seu Símbolo Gêmeo do Self, e esforça-se para colocá-lo para dormir. Mas se a operação for realizada adequadamente, seu Anjo terá aceitado a oferta de Orvalho, e tomado com fervor no símbolo estendido da Vontade em direção a Si. Isto então Ele agitará veementemente com vibrações de amor reverberando com as Palavras da Seção. Mesmo nos ouvidos físicos do adepto, ressoará um eco, mas ele não poderá descrevê-lo. Parecerá mais alto que o trovão e mais suave que o sussurro do vento noturno. Será ao mesmo tempo inarticulado e significará mais do que ele jamais ouviu.
Agora que ele lute com toda a força de sua Alma para resistir à Vontade de seu Anjo, escondendo-se na cela mais próxima da cidadela da consciência. Que ele se consagre para resistir ao ataque da Voz e da Vibração até que sua consciência desmaie em Nada. Pois se lá permanecer não-absorvido até mesmo um único átomo do falso Ego, esse átomo mancharia a virgindade do Verdadeiro Self e profanaria o Juramento; então esse átomo deve estar tão inflamado com a aproximação do Anjo que deve sobrecarregar o resto da mente, tiranizá-la, e se tornar um déspota insano para a ruína total do reino.
Mas, tudo estando morto para os sentidos, quem será capaz de lutar contra o Anjo? Ele intensificará o estresse de Seu Espírito para que Suas leais legiões de Leões-Serpentes saltem da emboscada, despertando o adepto para testemunhar a Vontade deles e varrê-lo com o entusiasmo deles, de forma que ele conscientemente comungue deste propósito, e veja em sua simplicidade a solução de todas as suas perplexidades. Assim, então, o Adepto deve estar ciente de que ele está sendo varrido através da coluna de seu Símbolo da Vontade, e que o Seu Anjo é, de fato, ele mesmo, com intimidade tão intensa que se torna identidade, e isso não em um único Ego, mas em todo elemento inconsciente que compartilha daquela ascensão múltipla.
Este arrebatamento é acompanhado por uma tempestade de luz brilhante, quase sempre, e também em muitos casos por uma explosão de som, estupenda e sublime em todos os casos, embora seu caráter possa variar dentro de amplos limites[14].
A onda de estrelas dispara da cabeça do Símbolo da Vontade, e se espalha pelo céu em galáxias cintilantes. Essa dispersão destrói a concentração do adepto, cuja mente não pode dominar tal multiplicidade de majestade; como regra, ele simplesmente se afunda chocado na normalidade, para não lembrar nada de sua experiência, senão uma vaga impressão vívida de completa liberação e arrebatamento inefável. A repetição o fortalece para perceber a natureza de sua consecução; e seu Anjo, o elo outrora criado, o frequenta e o treina sutilmente para ser sensível à sua Santa presença e persuasão. Mas pode ocorrer, especialmente após o sucesso repetido, que o Adepto não seja lançado de volta à sua mortalidade pela explosão da onda de Estrela, mas identificado com um “Leão-Serpente” em particular, continuando consciente por meio dele até encontrar seu lugar apropriado no Espaço, quando seu self secreto floresce como uma verdade, que o Adepto pode então levar de volta à Terra com ele.
Esta é apenas uma questão secundária. O principal objetivo do Ritual é estabelecer a relação do self subconsciente com o Anjo de tal maneira que o Adepto esteja ciente de que o seu Anjo é a Unidade que expressa a soma dos Elementos daquele Self, que sua consciência normal contém inimigos estranhos introduzidos pelos acidentes do ambiente, e que seu Conhecimento e Conversação de Seu Santo Anjo Guardião destrói todas as dúvidas e enganos, confere todas as bênçãos, ensina toda a verdade, e contém todos os deleites. Mas é importante que o Adepto não descanse na mera inexprimível realização de seu arrebatamento, mas desperte para fazer com que a relação se submeta à análise, para traduzi-la em termos racionais, e assim ilumine sua mente e coração em um sentido superior ao entusiasmo fanático como a música de Beethoven está para os tambores de guerra da África Ocidental.
Seção Gg.
O adepto deve ter percebido que seu Ato de União com o anjo implica (1) a morte de sua mente antiga, salvo na medida em que os seus elementos inconscientes preservam a sua memória quando eles a absorvem, e (2) a morte de seus próprios elementos inconscientes. Mas a morte deles é na verdade um avanço para renovar a vida através do amor. Ele então, pela compreensão consciente deles separadamente e em conjunto, torna-se o “Anjo” de seu Anjo, como Hermes é a Palavra de Zeus, cuja própria voz é Trovão. Assim, nesta seção, o adepto fala articuladamente tanto quanto as palavras podem, o que seu Anjo é para Si. Ele diz isso, com seu Scin-Laeca totalmente retirado em seu corpo físico, constrangendo o Seu Anjo a habitar em seu coração.
Linha 1
“Eu sou Ele” afirma a destruição do senso de separação entre o self e o Self. Afirma a existência, mas apenas da terceira pessoa. “O Espírito Não Nascido” está livre de todo o espaço, “tendo visão nos pés”, para que possa escolher seu próprio caminho. “Forte” é G B R, o Magista escoltado pelo Sol e pela Lua (Consulte Liber D e Liber 777). O “Fogo Imortal” é o Self criativo; energia impessoal não pode perecer, não importa que formas assuma. A combustão é o Amor.
Linha 2
“Verdade” é a relação necessária de quaisquer duas coisas; portanto, embora implique dualidade, nos permite conceber duas coisas como sendo uma tal coisa que requer ser definida por complementares. Assim, uma hipérbole é uma ideia simples, mas sua construção exige duas curvas.
Linha 3
O Anjo, como o adepto o conhece, é um ser de Tiphareth, que obscurece Kether. O Adepto não está oficialmente ciente das Sephiroth superiores. Ele não pode perceber, como o Ipsissimus, que todas as coisas são igualmente ilusórias e igualmente Absolutas. Ele está em Tiphareth, cuja função é Redenção, e ele deplora os eventos que causaram o Sofrimento aparente do qual ele acaba de escapar. Ele também está ciente, mesmo no auge de seu êxtase, dos limites e defeitos de sua Consecução.
Linha 4
Isso se refere aos fenômenos que acompanham sua Consecução.
Linha 5
Isto significa o reconhecimento do Anjo como o Verdadeiro Self do seu self subconsciente, a Vida oculta da sua vida física.
Linha 6
O Adepto percebe cada respiração, cada palavra do seu Anjo como se carregada de fogo criativo. Tiphareth é o Sol, e o Anjo é o Sol espiritual da Alma do Adepto.
Linha 7
Aqui está resumido todo o processo de trazer o Universo condicionado ao conhecimento de si mesmo através da fórmula da geração[15]; uma alma se implanta no corpo vestido-de-sentidos e na mente entravada-de-razão, torna-os conscientes de seu Prisioneiro, e assim participa de sua própria consciência da Luz.
Linha 8
“Graça” tem aqui o seu sentido próprio de “Agradabilidade”. A existência do Anjo é a justificação do dispositivo da criação[16].
Linha 9
Esta linha deve ser estudada à luz de Liber LXV (Equinox XI. p. 65).
Seção H.
Esta recapitulação exige o avanço do Adepto e do seu Anjo juntos “para satisfazer seu prazer na Terra entre os vivos”.
Seção J.
A Besta 666 tendo inventado o presente método de usar este Ritual, tendo provado por sua própria prática que ele é de poder infalível quando adequadamente executado, e agora tendo o escrito para o mundo, ele será um ornamento para o Adepto que o adotar para bradar Salve ao Seu nome no final de seu trabalho. Além disso, isso irá encorajá-lo na Magick, irá lembrá-lo que de fato houve Alguém que alcançou por seu uso o Conhecimento e Conversação de Seu Santo Anjo Guardião, o qual não o abandonou mais, mas fez Dele um Magus, a Palavra do Êon de Hórus!
Pois saiba isso, que o Nome IAF, em seu sentido mais secreto e poderoso, declara a Fórmula da Magia da BESTA, através da qual ela realizou muitas maravilhas. E porque ele quer que o mundo inteiro alcance esta Arte, Ele agora a oculta ali para que os dignos possam conquistar a Sua Sabedoria.
Que I e F encarem tudo[17]; no entanto que protejam A do ataque. O Eremita para si mesmo, o Tolo para os inimigos, O Hierofante para os amigos, Nove por natureza, Nada por consecução, Cinco por função. Rápido, sutil e secreto na fala; criativo, imparcial, sem limites no pensamento; gentil, paciente e persistente em ato. Hermes para ouvir, Dionísio para tocar, Pã para contemplar.
Uma Virgem, um Bebê, e uma Besta!
Um Mentiroso, um Idiota, e um Mestre dos Homens!
Um beijo, uma gargalhada, e um berro; aquele que tem ouvidos para ouvir, que ouça!
Pegue dez que são um, e um que é um em três, para escondê-los em seis!
Tua Varinha para todas as Taças, e teu Disco para todas as Espadas, mas não traias teu Ovo!
Além disso, também IAF veramente é 666 em virtude do Número; e este é um Mistério de Mistérios; Quem o sabe, é adepto de adeptos, e Poderoso entre Magistas!
Agora esta palavra SABAF, sendo por número Três vintenas e Dez[18], é um nome de Ayin, o Olho, e o Diabo nosso Senhor, e o Bode de Mendes. Ele é o Senhor do Sabá dos Adeptos, e é Satã, portanto também o Sol, cujo número da Magick é 666, o selo de Seu servo a BESTA.
Mas, novamente, SA é 61, AIN, o Nada de Nuith; BA significa ir, para HADIT; e F é seu Filho o Sol que é Ra – Hoor – Khuit.
Então que o Adepto coloque seu sigilo sobre todas as palavras que ele escreveu no Livro das Obras de sua Vontade.
E que ele termine tudo, dizendo: Tais são as Palavras[19]! Pois com isto ele faz a proclamação diante de todos os que estão ao redor de seu Círculo, que estas Palavras são verdadeiras e pujantes, amarrando o que ele amarraria, e soltando o que ele soltaria.
Que o Adepto execute este Ritual corretamente, perfeito em cada parte dele, uma vez por dia por uma lua, depois duas vezes, ao amanhecer e ao anoitecer, por duas luas, depois, três vezes, adicionando ao meio-dia, por três luas, depois, a meia-noite completando seu curso, por quatro luas quatro vezes por dia. Então que a Décima Primeira Lua seja totalmente consagrada a esta Obra; que ele seja imediato em ardor contínuo, descartando tudo exceto sua pura necessidade de comer e dormir[20]. Pois saibas que a verdadeira Fórmula[21] cuja virtude bastou à Besta nesta Consecução, foi esta:
INVOCAI COM FREQUÊNCIA[22]
Desta forma que todos os homens possam finalmente chegar ao Conhecimento e Conversação do Santo Anjo Guardião: assim diz a Besta, e ora a Seu próprio Anjo para que este livro seja como um Lampião aceso, e como uma Fonte viva, para Luz e Vida para aqueles que o lerem.
666
Ponto III
Scholion Sobre as Seções G & Gg
O Adepto que dominou este Ritual, percebendo com sucesso a plena importância deste arrebatamento controlado, não deve permitir que sua mente afrouxe seu domínio sobre as imagens astrais da Onda-de-Estrelas, do Símbolo da Vontade ou do Símbolo da Alma, ou mesmo que esqueça seu dever para com o corpo e o ambiente sensível. Nem deve omitir manter seu Corpo de Luz em contato próximo com os fenômenos de seu próprio plano, de modo que sua consciência privada possa cumprir suas funções próprias de proteger seus ideais dispersos da obsessão.
Mas ele deve ter adquirido, por prática anterior, a faculdade de desanexar esses elementos de sua consciência de seu centro articulado, de modo que eles se tornam (temporariamente) unidades responsáveis independentes, capazes de receber comunicações do quartel general à vontade, mas perfeitamente capazes (1) de tomar conta de si próprios sem incomodar seu chefe, e (2) reportar a ele no tempo apropriado. Em suma, eles devem ser como oficiais subordinados, dos quais se espera que demonstrem autoconfiança, iniciativa e integridade na execução das Ordens do Dia.
Portanto, o Adepto deveria ser capaz de confiar nestas suas mentes individuais para controlar suas próprias condições sem interferência de si pelo tempo necessário, e chamá-las de volta no devido momento, recebendo um relato preciso de suas aventuras.
Sendo assim, o Adepto estará livre para concentrar seu self mais profundo, aquela parte dele que inconscientemente ordena sua verdadeira Vontade, na realização de seu Santo Anjo Guardião. A ausência de suas consciências corporal, mental e astral é de fato fundamental para o sucesso, pois é a usurpação de sua atenção por elas que o tornou surdo à sua Alma e sua preocupação com os assuntos delas que o impediu de perceber essa Alma.
O efeito do Ritual foi de:
- mantê-las tão ocupadas com seu próprio trabalho que elas deixam de distraí-lo;
- separá-las tão completamente que sua alma é despojada de suas coberturas;
- despertar nele um entusiasmo tão intenso a ponto de intoxicá-lo e anestesiá-lo, para que ele não sinta e se ressinta da agonia dessa vivissecção espiritual, assim como os amantes tímidos se embriagam na noite de núpcias, para aplacar a intensidade da vergonha que tão misteriosamente coexiste com seu desejo;
- concentrar as forças espirituais necessárias de todo elemento, e lançá-las simultaneamente na aspiração em direção ao Santo Anjo Guardião; e
- atrair o Anjo pela vibração da voz mágica que invoca Ele.
Desta forma, o método do ritual é múltiplo.
Primeiramente há uma análise do Adepto, que lhe permite calcular seu curso de ação. Ele pode decidir o que precisa ser banido, o que precisa ser purificado, o que precisa ser concentrado. Então ele pode concentrar sua vontade sobre seu único elemento essencial, superando sua resistência – que é automática, como um reflexo fisiológico – destruindo inibições através de seu entusiasmo que avassala o ego[23]. A outra metade do trabalho não precisa de tal esforço complexo; pois seu Anjo é simples e direto, pronto em todos os momentos para responder à abordagem corretamente ordenada.
Mas os resultados do Ritual são diversos demais para permitir uma descrição rígida. Pode-se dizer que, supondo que a união seja perfeita, o Adepto não precisa reter qualquer memória do que ocorreu. Ele pode estar meramente ciente de uma lacuna em sua vida consciente, e julgar seu conteúdo observando que sua natureza foi sutilmente transfigurada. Tal experiência pode de fato ser a prova da perfeição.
Se o Adepto for consciente de seu Anjo, pode ser que parte de sua mente esteja preparada para perceber o arrebatamento e expressá-lo para si mesma de uma maneira ou de outra. Isto envolve a perfeição daquela parte, sua liberdade do preconceito e das assim chamadas limitações da racionalidade. Por exemplo: alguém pode não receber a iluminação quanto à natureza da vida que a doutrina da evolução deve lançar, se estiver persuadido de que a humanidade não é essencialmente animal, ou convencido de que a causalidade é repugnante à razão. O Adepto deve estar pronto para a destruição total de seu ponto de vista sobre qualquer assunto, e até mesmo de sua concepção inata das formas e leis do pensamento[24]. Assim, ele pode descobrir que seu Anjo considera que seus “negócios” ou seu “amor” são ninharias absurdas; também que as ideias humanas de “tempo” são inválidas, e que as “leis” humanas da lógica só são aplicáveis às relações entre ilusões.
Agora, o Anjo fará contato com o Adepto em qualquer ponto que for sensível à Sua influência. Tal ponto será naturalmente aquele que é saliente no caráter do Adepto, e também aquele que é, no sentido próprio da palavra, puro[25].
Assim um artista, em sintonia com a apreciação da beleza plástica, provavelmente receberá uma impressão visual de seu Anjo em uma forma física que é sublimemente quintessencial de seu ideal. Um músico pode ser arrebatado por melodias majestosas que ele nunca esperou ouvir. Um filósofo pode obter apreensão de tremendas verdades, a solução de problemas que o frustraram toda a sua vida.
De acordo com essa doutrina, lemos sobre as iluminações experimentadas por homens simplórios, como um trabalhador que “viu Deus” e o comparou a “uma quantidade de pequenas peras”. Mais uma vez, sabemos que o êxtase, impingindo-se a mentes desequilibradas, inflama a ideia idolatrada, e produz uma fé fanática feroz até mesmo em frenesi, com intolerância e energia insana e desordenada que, no entanto, é tão poderosa que afeta os destinos de impérios.
Mas os fenômenos do Conhecimento e Conversação do Santo Anjo Guardião são uma questão secundária; a essência da União é a intimidade. A intimidade deles (ou melhor, identidade) é independente de todas as formas parciais de expressão; no seu melhor, portanto, é tão inarticulada quanto o Amor.
A intensidade da consumação mais provavelmente forçará um soluço ou um choro, algum gesto físico natural de simpatia animal com o espasmo espiritual. Isso deve ser criticado como autocontrole incompleto. O silêncio é mais nobre.
Em todo caso, o Adepto deve estar em comunhão com seu Anjo, de modo que sua Alma seja permeada de sublimidade, inteligível ou não em termos de intelecto. É evidente que o estresse de tal posse espiritual deve tender a sobrecarregar a alma, especialmente a princípio. Na verdade, ela sofre com o excesso de êxtase, assim como o amor extremo produz vertigem. A alma afunda e desmaia. Tal fraqueza é fatal tanto para o seu prazer quanto para sua apreensão. “Sê forte! então tu podes suportar mais arrebatamento!” diz o Livro da Lei[26].
Portanto, o Adepto deve interpretar o papel de homem, despertando-se para endurecer sua alma.
Para este fim, eu, a Besta, experimentei e provei diversos dispositivos. Destes, o mais potente é preparar o corpo para aspirar com a alma. Que os músculos se agarrarem como se estivessem lutando. Que a mandíbula e a boca, em particular, sejam apertadas ao máximo. Respire p
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