Requisitos Mínimos 

Mesmo que acreditemos que as Conjurações e certos ~ outros componentes do material sejam anacronicamente supérfluos para a evocação goética moderna, não estamos sugerindo que os elementos básicos do sistema não sejam sólidos. Pelo contrário, os fundamentos do procedimento clássico são extremamente importantes. Sentimos que é muito importante encorajar o leitor a se libertar da ideia supersticiosa de que a magia só funcionará por conformidade cega com qualquer procedimento ditado (novo ou antigo). A compreensão do que é realmente necessário e do que não é é o que separa o verdadeiro mágico de um personagem em um RPG. O TEMPLO O Templo precisa apenas ser uma sala grande o suficiente para acomodar o Círculo e o Triângulo. Uma sala de estar, um quarto ou uma área semelhante onde a privacidade pode ser alcançada é suficiente. Se houver outros móveis na sala, deve-se tomar cuidado para limpar a sala da desordem e de qualquer aparência de desordem. (Freqüentemente, uma sala é banida com mais eficiência por uma boa limpeza e aspiração do que pelo próprio ritual de banimento.) O CÍRCULO Em um sentido muito real, o Círculo não é o giz ou fita no chão, mas a aura do próprio mago. Ele não apenas define e circunscreve tudo o que ele ou ela é, mas também permanece como uma fortaleza contra tudo o que está "fora".

O CÍRCULO

O Círculo é o universo do mago e o centro do Círculo é o ponto de equilíbrio supremo, o fulcro a partir do qual ele move os mundos. Para fins de evocação goética, o Círculo não é opcional. É um requisito fundamental no Templo, pois é a zona de segurança na qual o mago pode ficar com total confiança para comandar as forças presas no Triângulo. No chão do seu Templo, desenhe, cole com fita adesiva, pinte, arranhe ou crie um Círculo de aproximadamente nove pés de diâmetro. Aproximadamente seis polegadas dentro da circunferência desenham outro círculo. No espaço entre os círculos, coloque os Nomes Sagrados de sua escolha. Seria presunçoso sugerirmos ao leitor quais nomes sagrados são mais apropriados. É a busca de cada mago determinar por si mesmo qual "Divindade ou Divindades" são harmoniosas com o próprio universo mágico do mago. O próprio Círculo é um símbolo perfeito da divindade. Uma linha simples e ininterrupta sem nomes pode ser suficiente para indivíduos cuja percepção dessa abstração é profunda. Ocasionalmente, usei um fino cordão de seda que, após a cerimônia (quando senti que era vantajoso permanecer no Círculo por horas ou dias), enrolei em mim como um cinto. O Círculo clássico era o de uma serpente enrolada em cujo corpo estava escrito - em hebraico - os Nomes da Divindade, do Anjo e do Arcanjo atribuídos às primeiras nove Sephiroth da Árvore da Vida. O espaço entre os círculos era brilhante, amarelo profundo. As letras eram pretas. O Círculo clássico também incluía quatro hexagramas posicionados nos quartos e era cercado por quatro pentagramas posicionados nos quartos transversais. Exemplos de Círculos mágicos tradicionais e modernos podem ser encontrados no Apêndice.

O TRIÂNGULO

Como o Círculo, o Triângulo não é opcional. É a área em que o Espírito aparece e é compelido à obediência. (Veja o Apêndice.) No leste (ou na direção indicada do Espírito em particular) a cerca de sessenta centímetros do Círculo, desenhe, cole com fita adesiva, pinte, risque ou crie um Triângulo, cada lado medindo um metro. A base do Triângulo deve estar voltada para o Círculo. Em cada lado do Triângulo, coloque os Três Nomes Sagrados de sua escolha. O clássico Triângulo Goético era cercado por três nomes: ANAPHAXETON (Grande Deus de todas as Hostes Celestiais) à esquerda, PRIMEUMATON (o Primeiro e o Último) na base e TETRAGRAMMATON (o inefável nome de Deus Y.H.V.H.) à direita. Dentro do Triângulo clássico, nas pontas, foram colocadas as letras MI-CHA-EL (o Arcanjo Miguel). No centro havia um círculo. O círculo no centro do Triângulo era verde (o restante do interior era branco) e os nomes do lado de fora estavam escritos em vermelho. Como mencionado anteriormente, os nomes ao redor do Círculo são inteiramente prerrogativa de cada mago. Você pode se perguntar quais qualidades, virtudes ou poderes você considera sagrados em suas próprias disciplinas mágicas: AMOR-VONTADE-UNIÃO; FÉ-CORDA-CARIDADE; SAT-CHIT-ANANDA; ou palavras, números ou fórmulas que representam essas coisas podem funcionar bem se forem significativas para você. As virtudes metafísicas quase infinitas de um triângulo o tornam um dispositivo perfeito para confinar e controlar aquilo que nunca foi confinado e controlado por você. Para muitos mágicos, um simples triângulo com um círculo no centro é suficiente muito bem (com ou sem os nomes ao redor). O incenso também pode ser colocado dentro do Triângulo, mas uma vez que o Templo é aberto e o Espírito conjurado, o mago não deve deixar o Círculo ou alcançar o Triângulo.

O SELO DO ESPÍRITO 

Sobre o círculo do Triângulo repousará o Selo ou Sigilo do Espírito desenhado em pergaminho. Esses símbolos são derivados do material tradicional de Lemegeton e teoricamente são as representações vivas dos Espíritos. Alguns textos ditam que seja feito de pergaminho de pele de bezerro virgem e o desenho feito com o sangue de uma coruja ou de algum outro animal. Sentimos que tais heroísmos foram concebidos como "armadilhas tolas" e são desnecessários para o funcionamento moderno. Mas se você se sentiria melhor com a operação se usasse o couro de bezerro virgem, vá em frente. Após a cerimônia, você deve se esforçar para abrigar o selo em um recipiente especial. Você nunca deve ser descuidado com um selo "ativado" ou esquecer onde o colocou. Dependendo do propósito da evocação, você pode querer levar o Selo consigo ou anexá-lo a um objeto relacionado à operação. Aprendi com a amarga experiência que não é sensato ter dois operadores em uma única operação ou dar ou emprestar um Selo ativado a outra pessoa. Já é difícil o suficiente manter sua própria Vontade direcionada para o único propósito da operação. Descobri que é impossível que dois indivíduos sejam tão unidos em sua resolução mágica a ponto de obter controle conjunto sobre um Espírito Goético. (Isso não se aplica a uma operação que utiliza um operador e um receptor ou a trabalhos sexuais da Goetia, como os descritos mais adiante neste livro.)

O HEXAGRAMA DE SALOMÃO 

A Golden Dawn definiu o Hexagrama como "... um símbolo poderoso que representa a operação dos Sete Planetas sob a presidência das Sephiroth ..." Este símbolo muito reconhecível do judaísmo, às vezes chamado de Escudo de Davi, é um emblema mais apropriado do Macrocosmo Divino (O grande mundo de Deus, representado nos tempos antigos pelo Sol cercado pelos seis planetas então conhecidos. (ver Apêndice). O mago goético usa o hexagrama na saia de seu manto para atuar como um escudo ou distintivo de autoridade. Ao exibir o Hexagrama ao Espírito, o mago prova que ele ou ela é parte e representante da Ordem Macrocósmica com pleno poder para exercer essa autoridade. Ao ver o Hexagrama, os Espíritos (por tradição) são compelidos a assumir a forma humana. O hexagrama clássico foi pintado em pergaminho de couro de bezerro e coberto com linho. Os magos modernos devem se sentir à vontade para tornar o Hexagrama tão ornamentado ou tão simples quanto acharem melhor, mas de forma alguma devem omitir este dispositivo mágico muito importante.

O PENTAGRAMA DE SALOMÃO

A Golden Dawn definiu o Pentagrama como "... um símbolo poderoso que representa a operação do Espírito Eterno e dos Quatro Elementos sob a Presidência das letras do Nome Yeheshuah..." (ver Apêndice). Em contraste com o Hexagrama, o Pentagrama é o símbolo do Microcosmo (o pequeno mundo do Homem) representado pelos quatro elementos do Fogo, Água, Ar e Terra governados pelo Quinto elemento do Espírito. Como o Hexagrama afirma que o mago está em harmonia com a Ordem Macrocósmica, o Pentagrama afirma que ele é o Mestre da Ordem Microcósmica. Ao usar esses dois símbolos, o mago é lembrado de que ele ou ela está posicionado entre o Céu e o Inferno, Executor dos Deuses e Mestre dos Demônios. A Goetia diz que o Pentagrama deve ser gravado em um medalhão de prata ou ouro e usado ao redor do pescoço. No outro lado do medalhão deve estar gravado o Selo do Espírito que está sendo evocado. Muitos magos modernos preferem construir o medalhão a partir do metal apropriado do Espírito (ouro para reis, cobre para duques, etc.), o pentagrama gravado na frente, o selo do Espírito na parte de trás.

OUTROS REQUISITOS

A VARINHA 

A Chave Maior de Salomão descreve a Varinha e muitas outras armas mágicas em grande detalhe. É correto dizer que seguir as instruções para sua construção ao pé da letra exigiria muitos meses (se não anos) para ser realizado. É geralmente aceito que tais instruções são pistas falsas destinadas a desencorajar os estúpidos e indignos. A varinha é a arma da vontade do mago e é o instrumento com o qual ele conjura. (A Espada, embora eficaz para banir e intimidar, não é a arma para Conjuração.)Normalmente, a varinha tem aproximadamente o comprimento do braço do mágico medido das pontas dos dedos até o cotovelo. Tradicionalmente, é feito de um ramo de madeira de amêndoa ou avelã e tem aproximadamente o diâmetro do pequeno finge do mágico

O ANEL OU DISCO MÁGICO 
Existem mágicos que dizem que o Anel Mágico é uma adição desnecessária à lista de armas mágicas. E, pessoalmente, nunca encontrei nenhum Espírito de quem precisasse me proteger contra seus "vapores sulfurosos fedorentos e hálito flamejante". No entanto, sempre tive o Anel à mão ao evocar qualquer um dos Espíritos para os quais o texto diz que o Anel é necessário. (ver Apêndice). Um dos mais adeptosMagos goéticos que já conheci relatou uma história notável de sua experiência com o Anel Mágico. Enquanto evocava Astaroth", ele ficou tão encantado com a beleza do Espírito que esqueceu o propósito da evocação. Ele disse que o Templo estava cheio de um perfume inebriante que parecia sair de sua boca adorável e que, enquanto ela falava com ele, seu único pensamento era que ele tinha que de alguma forma fazer amor físico com ela. Foi apenas um acidente que seus olhos caíram sobre o Anel Mágico e ele reconheceu a necessidade de segurá-lo diante de seu rosto não para se proteger do hálito fedorento de um monstro, mas para se ajudar a "sair dele" antes de ser atraído do Círculo para tentar fazer amor com o Espírito no Triângulo. !ele acima de outros indicam que o Feitiço Mágico deve ser incluído no arsenal de armas do mago goético. O texto original diz que é feito de ouro ou prata (é claro) e era amarelo brilhante com letras pretas. Mas sentimos que qualquer material, mesmo papel, será eficaz.