Capítulo 11 - A troca
Depois de alguns minutos para se recompor do violento golpe a negra volta à sua postura inicial, uma espécie de posição de lótus mal trabalhada, o conjunto de guias escorreu por entre os seios, se antes o papel delas era de cobrir os seios agora então são dispensáveis. O jovem negro ao fundo da sala não se movia ou dizia nada, até quando Hannow esbofeteou sua companheira ele nem ao menos mudou o ritmo da respiração, realmente parecia uma pessoa "ornamental".
A negra repete a pergunta para Hannow, "o que você quer?", ele parece vacilante como se pensasse mil vezes antes de responder, depois de uma longa baforada numa pequena estátua de um negro segurando uma espada ele prossegue.
- Preciso de uma virgem...
A negra abre um sorriso de ponta a ponta que logo é seguido por uma longa gargalhada, ela permanece gargalhando alto por alguns minutos e em meio às gargalhadas prossegue.
- Você precisa de uma virgem e vem a um PUTEIRO???? O que você botou nesses seus cigarros?? Seja o que for é melhor que pare pois está afetando o seu juízo.
Hannow observa a cena com a maior naturalidade, ainda fumando, dá uma longa tragada e sem soltar a fumaça prossegue:
- Abiku. - Fala Hannow enquanto solta a fumaça.
A negra que lacrimejava de tanto rir pára como se um trem a tivesse atingido, a boca entreaberta e olhos arregalados como bilhas, por um instante ela fica pensativa, mas depois reabre um sorriso debochado e diz.
- Você quer uma criança morta, problema seu, você disse que veio me procurar porque precisa de uma virgem, não vejo ligação nenhuma nisso, preto. Acho que você se enganou na visita que fez.
Hannow parecendo impaciente apaga outro cigarro na tigela ao seu lado, olha bem nos olhos da negra, que agora parece vacilante, ele dá uma leve inclinada de corpo na direção dela e diz pausadamente.
- Você acha que eu sou alguma espécie de idiota, ajé?
A negra treme dos pés à cabeça e se inclina pra trás mordendo o lábio e com terror nos olhos, por um instante parece procurar por algo ou alguém ao redor. Hannow volta à sua posição e segue em direção de outro cigarro, quando a negra sussurra.
- Eku, pega.
O negro que até então parecia uma estátua sai das sombras numa explosão insana, bufando e com os olhos brancos. Sua aparência era a típica de um escravo, calça feita de um material que parecia saco de batatas, descalço, cabelo curto e duro, os olhos eram meio puxados, dando-lhe uma aparência de "japonês preto", porém era enorme em tamanho, deveria pesar uns 100kg, apesar de não ser muito alto era bem robusto, e vindo como vinha parecia uma espécie de búfalo raivoso. Hannow nem teve tempo de reagir, o encontrão desferido o jogou no canto da sala como um boneco de pano, a força do negro era descomunal e a animosidade do mesmo criava uma cena ainda mais brutal.
Hannow ainda zonzo tenta se pôr de pé, mas logo sente ao redor do seu pescoço as mãos duras e calejadas do atacante, esse que ergue Hannow do chão sem demonstrar nenhuma dificuldade. Mesmo nessa situação Hannow consegue ver a negra se levantando e se deleitando com a cena do mais novo saco de pancadas do seu "bichinho", mas não há tempo para conclusões, e o ar dos pulmões começa a desaparecer, nenhum golpe iria afetar aquela carcaça negra, era a hora de um golpe baixo, e dos bons.
Hannow tateia o bolso em busca de algo que pudesse usar, puxa um isqueiro e não pensa duas vezes, enfia o máximo que pode o objeto no olho do gigante que solta Hannow enquanto urra de dor como um animal insano, Hannow pega a estátua que antes havia baforado e com violência a estoura na cabeça do caolho que se rende ao chão em espasmos, Hannow puxa o cinto e envolve o pescoço do moribundo, dessa vez o animal é Hannow, que insano aperta o sinto contra a garganta do negro, as veias saltam por todo o pescoço e cabeça, e ele começa a espumar, Hannow baba de ódio e êxtase, parecia estar gargalhando, mas de forma tão débil que não daria pra concluir com certeza.
Passados alguns minutos o negro não mais baba ou se debate, apenas está ali, imóvel, com uma coloração semelhante a roxo, o pescoço deformado e um cinto tão apertado nele que parece ser a única coisa que mantém sua cabeça presa ao pescoço. Hannow meio esfolado com marcas roxas no pescoço se vira pra negra que está em choque parada no centro no quarto, ele dá um passo na direção dela... lento e pesado, desajeitado, o corpo parece estar fora de equilíbrio.
A negra reluta, dá um passo em direção à porta, Hannow como uma sombra arrasta o corpo frágil dela pra parede, com o braço esticado e a palma da mão pressionando o peito dela praticamente grundando-a na parede, ele se aproxima do corpo trêmulo dela, chega ao seu ouvido e diz.
- Você tentou me matar, agora você realmente me DEVE um favor.
- Art
- LIVRO ZERO
- Causes
- Crafts
- Dance
- Drinks
- Film
- Fitness
- Food
- Jogos
- Gardening
- Health
- Início
- Literature
- Music
- Networking
- Outro
- Party
- Religion
- Shopping
- Sports
- Theater
- Wellness